O coração dos índios
Havia uma floresta com árvores tão altas e copas tão densas que os raios de sol tinham dificuldade em iluminar o solo. Tão densa, tão densa, que a chuva juntava-se […]
Havia uma floresta com árvores tão altas e copas tão densas que os raios de sol tinham dificuldade em iluminar o solo. Tão densa, tão densa, que a chuva juntava-se […]
Texto dividido em 5 partes. As dores no peito aumentaram e os exames eram inconclusivos. A febre dava-lhe tonturas. Conseguiu ler as notícias apenas pela manhã, perdendo a concentração com […]
( ↓ 29 fotos ↓ ) Céu nublado sem ameaça de chuva. A recta é de terra batida ladeada por ervas daninhas e viçosas que guiam o olhar, subindo, subindo, até encontrar […]
Há qualquer coisa que nos aproxima. Nós, os sonhadores, passamos a vida a baixar o vidro do carro para deixar a mão a desenhar ao vento. Ondulamo-la como se um […]
↓( 26 fotos )↓ O farol observa hirto o mar e espera pelos bem-aventurados. Os sítios sagrados são locais onde as invisibilidades e transparências pessoais fazem a sua confissão. Sagres […]
Texto dividido em 6 partes. O tempo e as suas partituras, os segundos, minutos, horas e milénios, compõe esta história como os puzzles, revelando peça após peça uma arte que […]
Texto dividido em 5 partes. Fim. Dos quatro netos Simão era o mais novo e corajoso. Depois de fechado o caixão pelos agentes funerários, colocou-se junto a uma das seis […]
Texto dividido em 5 partes. Carlos e Teresa decidiram ir até à cidade visitar os outros dois netos, Vitória e Simão. Só Vitória aceitou o desafio do avô Carlos para […]
Texto dividido em 5 partes. O meu avô vive na memória dos que rodeiam aquele caixão e de outros que o vão chorar quando este aviso chegar certo e frio […]
Texto dividido em 5 partes. O Daniel adorava futebol. Passava as férias de Verão a rematar uma bola contra o portão de ferro da oficina do avô Carlos, abrigado do […]
Sabes amor, Vejo-te respirar enquanto dormes e experimentas expressões humanas nessa tua face rosadinha e lisa. Estamos os dois junto à janela, tu no berço, eu no sofá. As gaivotas […]
Num registo melodramático, eu estaria no meio de um massivo bombardeamento numa praia da Normandia esperando que os anjos do Éden me levassem; ou, sobrevivendo, olhar longamente para a tua […]
↓ ( 24 fotos ) ↓ O vento passava forte, muito forte. Um homem, surpreso e de olhos arregalados, não conseguiu esconder uma expressão de pânico quando estacionei e sai repentinamente […]
↓ ( 4 fotos ) ↓ Televisão a dar. A Esperança encontrou a Loucura num tasco e, entre cervejas e amendoins, lá foram metendo a conversa em dia enquanto cerca de […]
( ↓ 33 fotos ↓ ) O senhor de gabardine foge da berma da estrada em pânico; os carros passam velozes pelos buracos cheios de água, formando autênticas ondas que molham os […]
( ↓ 19 fotos ↓ ) Como é bom regressar aos sítios onde crescemos. O Bairro Tróino e a Fonte Nova guardam ruas estreitas com pombos por todo o lado; quem passa […]
( ↓ 9 fotos ↓ ) – Empresto-te a minha máquina – disse o Professor Xavi. – Tens duas horas para sair da minha frente, fotografar o Raval e o Gótico a […]
( ↓ 10 fotos ↓ ) Numa sucata cheia de metal, caiam pingos de água da chuva que fizeram crescer uma planta vivaça onde guardavam os rolos de alumínio; no lugar onde […]
( ↓ 24 fotos ↓ ) 8h30: o primeiro Sol bate nos brancos e é reflectido para nos ferir a vista; o Bairro das Fontainhas acorda comigo a ser olhado de lado […]
( ↓ 18 fotos ↓ ) O povo na rua quis manifestar o seu desagrado; muito baixinho… No fim, encontraram os Homens da Luta ( Jel e o irmão) a desafinar o […]
Podiam ser gotas de chuva que caiam solitariamente, mas não. Eram muitas gotinhas juntas no mesmo sítio. Era água. Nos canos, por exemplo, aguardam litros e litros de água que […]
Texto dividido em 6 partes. – Foi durante a madrugada que os camaradas pretos acordaram-nos aos gritos – Acorde Mestre! Acorde! – Fiquei assustado, claro. Lá fora deram-me a notícia […]
Texto dividido em 6 partes. O cheiro do azevinho a queimar na lareira transformou o calor em incenso. A lenha crepitando compunha com notas crocantes de orquestra flamejante a segurança […]
Texto dividido em 6 partes. – Estávamos em 1974 quando regressei a Portugal – começou o Mestre, – mas para chegar a esse dia tenho de contar-te a história do […]
Texto dividido em 6 partes. O Mestre ficou surpreso com a aparição brusca e ofegante, sobretudo pelo som. O vapor da expiração quantificava o cansaço do rapaz turvando a visão […]
Texto dividido em 6 partes. O som do despertador resgata a consciência do rapaz para um dia que cresceu nublado e frio, levando-o ansioso até os ponteiros vencerem as quatro […]
( ↓ 27 fotos ↓ ) Continuação do post NA PRAIA . Para que este post faça todo o sentido, quando terminar o passeio por esta praia que aguarda pelos nossos retornados, clique […]
Mesmo sendo Janeiro, faço questão de caminhar descalço para sentir a textura da areia fina e torrada, ora seca, ora molhada, conservando por vezes poças de água na superfície lisa, […]
Nesse dia encontrei o que procurava, um banco de jardim com o Sol a bater pelas costas para reler “Um Eremita em Paris” do meu amigo Italo Calvino. Sabia poder […]
(↓ 1 imagem ↓) Nesse dia acordei a sentir-me extraordinariamente desempregado e, cumprindo um ritual diário e obsessivo, fui até ao fim da Internet à procura de emprego. Nada. Na memória […]
(↓ 6 fotos ↓) Tinha tantas ideias que se atropelavam umas às outras para ver qual delas se enfiava primeiro na gaveta onde as esquecia. Decidia vezes sem conta que agora […]
Na noite do dia 3 de Dezembro decidi ir à varanda apanhar ar e ver a cidade iluminada. Pairava uma linha de nuvens que se tornavam avermelhadas à medida que […]
(↓16 fotos↓) O tempo passa e nós passamos de raspão por ele. Numa manhã fria decidi ir ao seu encontro com uma máquina fotográfica. Percebi duas coisas: que a natureza […]
Na escola, quando se falava em pesca, em frio, água salgada, vento a secar a pele, correntes e as fases da lua, ninguém o entendia e assim era especial. Sentados […]
O chão crocante da sala de estar de Pepe denuncia um caminhar lento e seguro. Das botas de vaqueiro guisam esporas e o cheiro a suor no espaço vai alinhado […]
( ↓ 1 foto ↓ ) As lágrimas não distinguem as estações, muito menos as pessoas. – Ali está ele sentado à espera do comboio a olhar não sei para quê. […]
( ↓ 18 fotos ↓ ) O Porto é insensível à luz. Escolhe: fantasmagorizar pela Baixa como se ainda fosse século XIX ou apachorrar junto à Ribeira a adivinhar para onde vão […]
( ↓ 23 fotos ↓ ) Touros, sevilhanas, tablao, castanholas, clichés e mais que isso. Por vezes é difícil explicar às ciganas que já nos leram as mãos dez vezes numa tarde. […]
( ↓ 18 fotos ↓ ) Diz-se que para bom entendedor meia palavra basta. 18 imagens também. O Verão são três meses bem passados e a cidade é assim o ano todo. […]
Estávamos numa loja de souvenirs. Começou comigo a olhar para ti por entre um expositor cheio de dragões coloridos em miniatura e barcos tradicionais de pesca que o são num […]
Numa noite ventosa de insónia, um homem decide atravessar as estradas do tédio que o levam com destino certo a lugar nenhum. Vestiu as calças de ganga clara, já violada […]
Alguém gane. Não é choro nem lágrima. Só o faz para não ter que morder. Atrás do papiro vive uma silhueta, um volume de dúbia compreensão. Nesses contornos semelhantes, apenas […]